16/11/2012

Ok, você não aguenta mais os trocadilhos com a palavra lógica, lógico e afins toda vez que vamos postar um material de lógica. Sim, sim, a gente entende, mas apostamos que  você aguenta e quer mais questões e comentários de lógica . Então vamos deixar você matar a vontande. Pronto?

02. (Fiscal Recife/2003) Pedro, após visitar uma aldeia distante, afirmou: “Não é verdade que todos os aldeões daquela aldeia não dormem a sesta”. A condição necessária e suficiente para que a afirmação de Pedro seja verdadeira é que seja verdadeira a seguinte proposição:

a) No máximo um aldeão daquela aldeia não dorme a sesta.

b) Todos os aldeões daquela aldeia dormem a sesta.

c) Pelo menos um aldeão daquela aldeia dorme a sesta.

d) Nenhum aldeão daquela aldeia não dorme a sesta.

e) Nenhum aldeão daquela aldeia dorme a sesta.

Solução:

Ora, aqui percebemos que há uma proposição simples no enunciado, e que precisa ser analisada. Qual é essa proposição? A seguinte:

“Não é verdade que todos os aldeões daquela aldeia não dormem a sesta”

Se observarmos bem, veremos que esta sentença contém duas negações. Vejamos em destaque:

Não é verdade que todos os aldeões daquela aldeia não dormem a sesta

Também é fato que nosso cérebro trabalha mais facilmente com afirmações que com negações. Tiremos a prova! Vamos trocar essas expressões negativas da frase acima por afirmações correspondentes. Podemos, então, trocar “não é verdade” por “é mentira”. Todos concordam? É a mesma coisa? Claro! Trocaremos também “não dormem a sesta” por “ficam acordados”. Pode ser? Teremos:

É mentira que todos os aldeões daquela aldeia ficam acordados

Agora interpretemos a frase acima: ora, se é mentira que todos os aldeões ficam acordados, significa que pelo menos um deles dorme! Concordam?

É a resposta da questão, opção C!

Daqui, extrairemos uma lição: a palavra-chave da frase em questão é TODOS. É esta palavra que está sendo negada! E, conforme vimos, a negação de TODOS é PELO MENOS UM (=ALGUM).

Podemos até criar a seguinte tabela:

p ~p

TODO A é B ALGUM A não é B

ALGUM A é B NENHUM A é B

Cedidocpelo professor auxiliar Bruno Casimiro.

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