Ontem foi a prova do MPU. Quem se preparou, estudando arduamente, deixando de sair, abrindo mão até de estar com aqueles que ama deve está sentindo um certo alívio: “Ufa” e é para sentir mesmo, pois independente de ter feito ou não uma boa prova, o MPU foi mais uma etapa ultrapassada. Mas e agora? Veja a seguir o depoimento de uma ex-aluna do EJ e descubra o que fazer.
Responder a essa pergunta não é fácil. Pode até parecer óbvia, mas não é. Não adianta, por exemplo, dizermos que agora é estudar mais e mais. Ou que agora você tem que descansar um pouco e voltar aos estudos. É claro que você tem que fazer essas coisas, é claro. Mas o “e agora?” vai além. É preciso que você avalie sua situação.
É preciso analisar tudo. Como foi sua preparação, como foi a hora da prova. Ficou calmo, estava se sentindo preparado? Ficou nervoso e tudo aquilo que você estudou parece que não serviu pra muita coisa? Responda a essas perguntas com reflexão. Pense, pense, pense! Analise, por exemplo os pontos positivos da sua preparação e repita-os de agora em diante. Os pontos negativos? Livre-se deles! Estudou menos do que deveria? Saiu mais do que poderia? Ficou nervoso na hora da prova? Dê um basta nisso.
“Ah é, porque é muito fácil falar” Falar é fácil sim, mas fazer também não é tão difícil. Já passei por tudo isso que estou falando para vocês e foi só quando venci esses obstáculos que finalmente consegui passar em um concurso. Vamos a minha história?
Meu grande sonho era fazer parte do TRE: vencimento ótimo, carga horária de seis horas… Para mim, o paraíso. Estudei muito para esse concurso e o que aconteceu? Fiquei nervosa, agoniada e ainda achei que a redação era sem graça demais para ser difícil de se fazer. Fui fraca e prepotente. Resultado? Fiquei em 125. Péssima colocação para quem almeja um cargo de analista em um concurso tão concorrido. Chorei, chorei e chorei mais um pouco. Mas ei, havia outros concursos pela frente e eu não podia fraquejar. Continuei estudando,mas não com tanto desespero como antes -aprendi que desespero faz você não absorver tudo o que estuda. Continuei pensando no futuro, mas sem achar que os próximos concursos eram o começo, o meio e o fim da minha vida- depositar todas as suas expectativas em uma prova faz você ficar nervoso demais. Continuei fazendo concursos, mas sem me sentir culpada por estar “só estudando” – isso faz com que você se sinta desvalorizada. E, finalmente, não continuei a achar que temas de redações idiotas -porque alguns são mesmo- devem ser levados menos a sério do que aqueles realmente bons. O resultado? Passei e estou aqui hoje contando para você sobre o meu aprendizado.
Ainda não estou no meu concurso dos sonhos- quero mesmo o TRE. Mas ganho razoavelmente e tirei o peso da cobrança de minhas costas. Mas não se engane, é preciso ter muita gana para continuar estudando. Não pego em um livro há um ano, desde que passei. Por isso que às vezes, quando vejo alguém mirando alto, sonhando e se preparando para um concurso concorridíssimo, penso: puxa, ela tem mais tempo para estudar do que eu, vai passar antes de mim em um concurso melhor. Enquanto penso isso, essa pessoa provavelmente se sente insgeura e ansiosa, pensando em todos os que já passaram. Em concurso, entendam: tudo é uma questão de ponto de vista e aquela frase clichezona que diz “você é o seu pior inimigo”, representa muito bem todos nós concurseiros e merece ser levada a sério.
Dito isso, me despeço deixando mais um clichê que funciona -acredite: seu dia chegará. Agora, no MPU, depois, no próximo concurso. Mas chegará. É só refletir e fazer o que é certo para você.
Boa sorte!
Silvana Holanda
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