Os concursos para tribunais estaduais costumam ser muito almejados pelos concurseiros. Isso porque ofertam muitos os atrativos, tais quais a estabilidade, o grande número de convocações (muito além das vagas, chamando, inclusive, várias pessoas que ficam no cadastro de reserva) e a remuneração, normalmente acima do mercado de trabalho.

A média salarial para os cargos de Técnico Judicial, que exigem o nível médio, está em torno de R$ 4 mil a R$ 5 mil. Já para os cargos de Analista Judiciário e Oficial de Justiça, áreas de nível superior, os salários giram em torno dos R$ 6 mil a R$ 8 mil. Os juízes chegam a receber por volta dos 20 mil reais. Isso, claro, sem contar os reajustes, benefícios e planos de cargos e salários, o que aumenta bastante esses valores ao longo da carreira.

Em Pernambuco, está sendo aguardado para 2016 o concurso do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Com validade até março do ano que vem, o órgão já está iniciando o processo licitatório para a realização da nova seleção. A expectativa é grande, uma vez que mais de 3400 candidatos já foram convocados até o momento. O número é cerca de 15 vezes mais que a quantidade de vagas inicialmente ofertadas!

Confira abaixo algumas dicas de como se preparar melhor para os concursos desses tribunais. E não perca mais tempo: comece a estudar desde já!

Geralmente, para cargos de Analista ou Técnico Judicial, as disciplinas básicas são: Língua Portuguesa, Informática, Raciocínio Lógico-Matemático, Direito Administrativo, Direito Constitucional e Direito Civil. Em alguns concursos, pode ter questões de Atualidades.

O conteúdo programático pode contemplar também outras disciplinas na área de Direito, entre elas: Direito Processual Civil, Processual Penal e Processual do Trabalho, Direito Empresarial e Direito Tributário. O regimento interno do órgão também costuma ser cobrado.

No caso do TJPE, a banca que realizou o último concurso, em 2011, foi a Fundação Carlos Chagas (FCC). Embora não se saiba ainda qual banca deve organizar a próxima seleção, o edital anterior dará uma boa base sobre os conteúdos a ser estudados. E como a FCC é conhecida por organizar concursos de outros tribunais, vale a pena olhar editais semelhantes da banca.

As matérias básicas devem ser estudadas mesmo antes do lançamento do edital. Isso porque o tempo entre a divulgação do documento e a data da realização da prova, o tempo costuma ser de dois a três meses, não dando tempo suficiente para ver todo o conteúdo. As matérias devem ser estudadas de maneira mais ampla, e, após a liberação do edital, basta o candidato excluir eventuais assuntos deste que não serão cobrados ou incluir outros que não tenha estudado ainda e que estejam sendo cobrados.

Essa dica é principalmente para quem não é da área de Direito e escolheu entrar no mundo dos concursos estudando para um concurso de tribunal. O ideal é pegar primeiro as disciplinas de Português, Informática e Raciocínio Lógico, até conseguir um bom ritmo de estudos. Quem nunca teve contato com disciplinas jurídicas acabam encontrando dificuldades para compreender a linguagem das leis.

Depois que pegar o ritmo inicial e já tiver introduzido todas as matérias no seu estudo, intercale as disciplinas. Divida o seu tempo disponível para estudos (a quantidade de horas vai depender se você só estuda ou se trabalha também) de acordo com as matérias que serão cobradas. O ideal é reservar ao menos uma hora para cada disciplina e fazer intervalos de 10 minutos entre uma e outra. Se só puder estudar duas matérias por dia, não tem problema, o importante é que utilize seu tempo disponível com qualidade!

Após ter uma boa base teórica, é hora começar a resolver exercícios e, sobretudo, resolver provas anteriores. A prática é fundamental na sua rotina de estudos para avaliar se você está compreendendo o que está sendo estudado. Além disso, é uma oportunidade de entender como a banca costuma cobrar os conteúdos.

Pelo menos a cada 15 dias de estudo, faça um simulado. Separe provas anteriores ou monte um banco de questões, de acordo com a quantidade que normalmente é cobrada pelas provas em cada uma das disciplinas. Ao resolver, procure um local silencioso, não faça consultas ao material de estudos e marque o tempo para a resolução do simulado. Isso é essencial para que você aprenda a administrar o tempo e estar mais preparado para o dia da prova.

Normalmente as bancas que organizam concursos de tribunais estaduais são o Cespe/UnB e, principalmente, a Fundação Carlos Chagas (FCC). Em alguns raros casos a organização do concurso ficou a cargo da Consulplan, FGV ou Cesgranrio. A FCC é conhecida por trazer questões que cobrem a letra da lei, embora atualmente suas provas estão abordando também doutrina e jurisprudência.

De nada adianta apenas analisar como foi o edital do último concurso, se não prestar atenção às tendências do que vem sendo cobrado em todo o país nos concursos de tribunais. Com o passar do tempo, algumas disciplinas vão sendo incluídas, a banca vai mudando seu jeito de cobrar os assuntos e, caso o candidato use como base apenas o edital anterior, pode ser pego de surpresa.

Quase todos os editais incluem prova discursiva para os cargos de analista e boa parte também cobra questão discursiva ou redação de temas gerais para quem se candidata a um cargo de técnico. É bom começar a treinar, tendo como base o quem sendo cobrados nos concursos de tribunais.

Os cursos para concurso, sejam presenciais ou online, vão trazer um conhecimento totalmente voltado para a seleção a que deseja concorrer. Os professores conseguem abordar os principais conteúdos, resolvem questões e focam o ensino das matérias na banca que vai organizar o concurso. No site do Espaço Jurídico você encontra diversas turmas, online e presenciais, inclusive preparatórios para o concurso do TJPE. Confira!