Vamos a uma questão de lógica? Vamos sim! Afinal, ela vem com gabarito e resolução passo a passo. Massa, né? Então não percamos mais tempo.
(AFC-SFC 2001 ESAF) Se Vera viajou, nem Camile nem Carla foram ao casamento. Se Carla não foi ao casamento, Vanderléia viajou. Se Vanderléia viajou, o navio afundou. Ora, o navio não afundou. Logo,
a) Vera não viajou e Carla não foi ao casamento
b) Camile e Carla não foram ao casamento
c) Carla não foi ao casamento e Vanderléia não viajou
d) Carla não foi ao casamento ou Vanderléia viajou
e) Vera e Vanderléia não viajaram
Solução: O enunciado da questão apresenta quatro afirmações (premissas), que são apresentadas abaixo:
P1. Se Vera viajou, então nem Camile nem Carla foram ao casamento.
P2. Se Carla não foi ao casamento, então Vanderléia viajou.
P3. Se Vanderléia viajou, então o navio afundou.
P4. O navio não afundou
Na 1ª premissa aparece a palavra ‘nem‘. Vamos reescrever esta premissa tirando tal palavra, mas preservando o sentido:
P1. Se Vera viajou, então Camile não foi ao casamento e Carla não foi ao casamento. Agora, vamos traduzir as premissas acima para a forma simbólica, a fim de tornar mais rápida a solução. Para isso, vamos definir as seguintes proposições simples:
A = Vera viajou
B = Vanderléia viajou
C = Camile foi ao casamento
D = Carla foi ao casamento
E = o navio afundou
Destarte, as frases traduzidas para a linguagem simbólica ficam assim:
P1. A → (~C e ~D)
P2. ~D → B
P3. B → E
P4. ~E
Passemos à solução propriamente dita. Observemos os passos abaixo:
1º PASSO: Consideraremos as premissas como verdadeiras e, a partir do conhecimento das tabelas-verdade dos conectivos, vamos obter o valor lógico das proposições simples (A, B, C, D e E). Vejamos a seqüência abaixo:
a) Começamos pela 4ª premissa, pois esta é uma proposição simples, e, portanto, só tem uma forma de ser verdadeira.
P1. A → (~C e ~D)
P2. ~D → B
P3. B → E
P4. ~E = Como ~E é verdade, logo E é F
Resultado: O valor lógico de E é F.
b) Substitua E por F , e ~E por V
P1. A → (~C e ~D)
P2. ~D → B
P3. B → F = para que a condicional seja verdade é necessário que B tenha valor lógico F
P4. V
Resultado: O valor lógico de B é F.
c) Substitua B por F
P1. A → (~C e ~D)
P2. ~D → F = para que a condicional seja verdade é necessário que ~D tenha
valor lógico F, daí D é V.
P3. F → F
P4. V
Resultado: O valor lógico de D é V.
d) Substitua D por V, e ~D por F
P1. A → (~C e F) = A conjunção (~C e F) tem um termo F, daí o valor da conjunção também é F . Logo a condicional simplifica para: A → F . Esta condicional deve ser verdadeira, então A é F .
P2. F → F
P3. F → F
P4. V
Resultado: O valor lógico de A é F.
- Em suma:
A é F , significa que é verdade que: “Vera não viajou”
B é F , significa que é verdade que: “Vanderléia não viajou”
D é V , significa que é verdade que: “Carla foi ao casamento”
E é F , significa que é verdade que: “o navio não afundou”
2º PASSO: De posse das verdades obtidas no 1° passo, verificar qual é a alternativa que traz uma proposição necessariamente verdadeira.
Não há necessidade de traduzir as frases das alternativas da questão para linguagem simbólica. Observe como é que descobriremos qual é a alternativa correta.
V F
a) Vera não viajou e Carla não foi ao casamento. = falso
indeterminado F
b) Camile não foi ao casamento e Carla não foi ao casamento = falso
F V
c) Carla não foi ao casamento e Vanderléia não viajou = falso
F F
d) Carla não foi ao casamento ou Vanderléia viajou = falso
V V
e) Vera não viajou e Vanderléia não viajou = verdade
A única alternativa que traz uma proposição verdadeira é a E = Resposta!
Cedido pelo prof. Auxiliar Bruno Casimiro.
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